quarta-feira, 11 de março de 2020

Demitir Guedes é vida ou morte para Bolsonaro

O governo Bolsonaro vive seu primeiro grande problema econômico global com a crise dos preços do petróleo envolvendo Rússia e Arábia Saudita. A disputa comercial fez as ações despencarem em todo mundo e deixou os investidores em dúvidas sobre onde alocar o dinheiro no curto prazo.

No Brasil, o dia nove de março foi pesado para a bolsa com uma queda pesada retirando todo o ganho do ano de 2019.

Juntamente com o baixo crescimento do PIB, a crise do petróleo necessita de uma explicação, resposta ou pronunciamento de tranquilidade econômica por parte do governo. Não necessariamente um discurso de “tudo vai ficar bem no final”, mas uma mensagem de controle e respostas possíveis para a situação.

Mas o governo não fez nada, mostrando incapacidade e preocupando população e mercado.

Bolsonaro preferiu levantar bravatas sobre Drauzio Varella ao invés de tratar sobre o turbilhão econômico global que atingiu o Brasil. Porém, não é culpa de Bolsonaro. Não é possível esperar qualquer tipo de manifestação sobre economia de alguém que assumidamente disse desconhecer o assunto.

A razão para Bolsonaro estar perdido e nada falar sobre as incertezas econômicas é Paulo Guedes. Guedes é o presidente informal que trata, cuida e maneja a economia. As decisões econômicas são dele e ele é o responsável por “assessorar” o presidente no assunto.

Como Guedes esteve perdido, Bolsonaro também esteve.

Não é preocupante Bolsonaro não ter uma resposta para dar porque também não é esperada uma resposta vinda dele. Porém, é preocupante Paulo Guedes não ter uma resposta para dar porque é esperada uma resposta vinda dele.

Ao dizer que está tranquilo, Paulo Guedes “destranquilizou” a população e o marcado, passando mais uma vez a imagem de ser incapaz de ocupar um posto tão importante.

As mesas de apostas em Brasília já dão como certa a saída do ministro. E se Bolsonaro quiser ter vida longa como presidente, Guedes precisa ser demitido.

Com a economia cambaleante e com o mercado financeiro indeciso, as quebras de decoro de Bolsonaro e seus crimes de responsabilidade não passam despercebidos. Se a economia está boa, um presidente pode tudo. Quando a economia está ruim, principalmente para o mercado financeiro, um presidente nada pode.

Se a economia estivesse boa, Dilma dificilmente cairia, dizem algumas pessoas.

Assim, a demissão de Paulo Guedes está se tornando cada vez mais uma condição de vida ou morte para Bolsonaro.

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